Do alto da colina, a cidade aos nossos pés e olhos. O clima é de tranquilidade, e o tempo é implacável. Nesse lugar, o meio ambiente ganha novos contornos, com medidas sustentáveis. É de lá, do Mirante de Santana, que viceja uma nova maneira de compreender nosso bairro, nossa cidade, nosso país e nosso planeta.
A introdução um tanto poética, contudo, não encontrava eco em um passado recente: o Mirante de Santana, por várias vezes, ficou abandonado. A falta de cuidados se mostrava em pichações, nada de corte de grama, estruturas danificadas. Resistia (e restsite), porém, a Estação Meteorológica oficial da cidade. O Mirante é um dos lugares que capta o clima e a temperatura na capital, com dados transmitidos diariamente em três boletins para o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
O local, agora, terá um futuro mais interessante. O espaço do Mirante de Santana fica na Praça Vaz Guaçu, que recebeu na última quarta-feira (19/9) a visita do Prefeito Bruno Covas (PSDB). A subprefeita de Santana/Tucuruvi, Rosmary Corrêa, acompanhou Covas na visita.
A praça fará parte do projeto Adote uma Praça, que visa investimentos mensais feito pelo adotante em relação à limpeza, paisagismo, corte de grama, iluminação e outros itens que garantam o bem-estar e o convívio de quem visita o lugar.
A responsável pela adoção é a Padaria e Confeitaria Mirante, que ficará encarregada de cuidar do espaço por 36 meses. O termo de adoção foi assinado por Covas, e esta é a 26ª praça adotada na região. No total, já são 1.216 espaços em toda cidade com novos “tutores” desde 2017, quando o projeto foi criado.
Consumo pela metade, 100% de sustentabilidade
Além das melhoras no Mirante de Santana, a visita também foi até a Smart Eco House, na Rua Pero Leme. Até aí, o leitor pode pensar que é uma loja, não é? Pelo contrário: a casa, do engenheiro João Barassal Neto, é a primeira do tipo energeticamente autônoma da América Latina.
“Nesta casa modelo avaliamos diariamente cada uma das soluções desenvolvidas, para que sejam cada vez mais eficientes e tragam melhores resultados. É um projeto em constante evolução”, afirma Neto fundador da Smart Eco House. A casa usa energia eólica (dos ventos) e solar para dar conta do consumo.
Ali, tecnologia de ponta é aliada dos recursos naturais, com soluções automatizadas para energia e água. Uma casa padrão para quatro pessoas, mas com um diferencial que o meio ambiente agradece: o espaço consome 50% menos recursos naturais que uma casa convencional – ela pode chegar a impressionantes 80% de economia em meses chuvosos. Enfim, 100% sustentável.