Instituído em 1993 pela Organização das Nações Unidas (ONU), o Dia Mundial da Água, comemorado no dia 22, promove a necessidade de conscientização sobre o uso responsável e correto deste elemento natural. O acesso, a conservação, a qualidade e o uso consciente da água são questões retomadas no mundo todo durante o dia de hoje.
Sem água é impossível ter saúde. Se ela não for bem cuidada antes de chegar às casas e se não receber o tratamento adequado que garanta potabilidade, pode propiciar o surgimento de doenças como diarreia, cólera, febre tifoide, hepatite A, entre outras.
Na cidade de São Paulo, o Programa Nacional de Vigilância de Qualidade da Água para Consumo Humano (VIGIAGUA), da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), ligada à Secretaria Municipal de Saúde (SMS), faz o monitoramento da qualidade da água para consumo humano e também detecta situações de risco à saúde relacionadas ao seu consumo. O programa está pactuado entre as esferas federal, estadual e municipal pelo Ministério da Saúde do país.
As ações para garantir a qualidade da água que chega à casa dos munícipes são realizadas pela Divisão de Vigilância em Saúde Ambiental da Covisa. A partir de um trabalho de monitoramento, o programa VIGIAGUA realiza amostragens, no mínimo, com oito coletas mensais de água para o Sistema Público de Abastecimento e três coletas para Soluções Alternativas Coletivas por Prefeitura Regional.
No local da coleta, são realizadas medições da temperatura e do cloro residual livre. Os demais parâmetros são analisados pelo Laboratório de Controle de Qualidade em Saúde. Todos esses estudos resultam em boletins mensais disponibilizados no site do programa desde 2016.
Monitoramento da qualidade da água
Além do monitoramento e das coletas e análises mensais, o VIGIAGUA também acompanha e avalia as análises de água realizadas pela Concessionária de Abastecimento de Água (Sabesp) e pelos responsáveis pelas Soluções Alternativas Coletivas. Além disso, através do sistema SISAGUA, o VIGIAGUA realiza inspeções no Sistema de Abastecimento e nas Soluções Alternativas e concede e acompanha os cadastros do Sistema de Abastecimento e de Soluções Alternativas.
Todas as ações visam garantir aos moradores da cidade de São Paulo água potável para as tarefas básicas do dia a dia, desde a higiene (lavar as mãos, escovar os dentes e tomar banho) e o consumo (beber, cozinhar ou preparar alimentos) até a limpeza (lavar louças, eletrodomésticos e superfícies, lavar roupas ou qualquer outro material que entre em contato com o corpo humano ou alimentos).
Cuidado redobrado
Ao buscarem fontes alternativas e também reservatórios improvisados de armazenamento de água, as pessoas podem colocar em risco a própria saúde. Além disso, o acúmulo de água em reservatórios sem vedação adequada pode contribuir para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
Outro alerta vale para a água da chuva ou de reaproveitamento doméstico, que não são potáveis. A água de chuva corre por telhados e calhas, trazendo fezes de pombos e poluentes. Já a água da lavagem de roupas em máquinas contém micro-organismos. Tanto a água da chuva como a reaproveitada devem ser utilizadas apenas para lavar veículos, tapetes e panos de chão, para realizar a limpeza de calçadas e quintais e regar plantas e jardins.