Dragões, Tom Maior e Colorado do Brás cantam o Nordeste

O Nordeste brasileiro é palco para enredos históricos e emocionantes, tanto aqui em São Paulo quanto nos desfiles do Rio de Janeiro. Em 2017, não será diferente: três escolas vão mostrar a região sob diferentes aspectos, mas igualmente ricos em cultura.

A primeira a entrar na passarela do samba, na sexta-feira (24/2) é a Tom Maior. Vice-Campeã do Grupo de Acesso em 2016, depois de homenagear o cantor Milton Nascimento, a escola volta ao Especial com outra homenagem: Elba Ramalho, com o enredo “Elba Ramalho canta em oração o folclore do Nordeste. Toque sanfoneiro forró, frevo e xaxado”. A cantora paraibana terá sua história de vida e musical revisitada pela Tom Maior. O enredo vai por um caminho mais lúdico do que cronológico, o que facilita a identificação. As alas e alegorias vão mostrar a cultura nordestina em suas variadas formas – das fogueiras de São João ao “Padim Ciço” – e relacioná-la com a vida e obra de Elba Ramalho.

No sábado (25/2), é a vez da Dragões da Real (foto em destaque) mostrar o “seu” nordeste. A escola tricolor, que será a quarta a pisar na avenida, vem com o enredo “Dragões canta Asa Branca”. O samba se rende a uma das principais músicas brasileiras, “Asa Branca”, de Luiz Gonzaga. Casa verso da história musicada de Gonzaga será mostrado na passarela. É a materialização do “que braseiro, que fornaia, nem um pé de plantação”. O samba-enredo segue a linha da canção original, que embala gerações Brasil afora.

Por fim, no domingo (26/2), a Colorado do Brás desfila pelo Grupo de Acesso com um dos enredos mais criativos do ano: “Luz, Câmera, Ação… A Colorado apresenta: a Roliúde no Sertão”. O tema é baseado no livro “Roliúde, um romance picaresco, aventuroso e cinematográfico”, de Homero Fonseca.

A obra mistura clássicos do cinema com a paisagem nordestina. Imagine Chaplin com uma bengala feita de galho de árvore. Ou um Tarzan do agreste, e no lugar da macaca Jane, uma cabra. Mais ainda: um King Kong do sertão, pulando sobre casebres de taipa.

Para quem diz que falar do nordeste é clichê, aí estão três opções completamente diversas e arretadas!

Ouça o samba da Tom Maior:

Aqui, da Dragões da Real:

E, por fim, a Roliúde do Sertão da Colorado:

foto (topo): Bruno Viterbo