GAMES: Jogamos o relançamento de “Dreadout”

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Acredito que vocês já devam ter percebido que adoramos – mesmo – jogos de tgerror. Para nós, o desenvolvimento de um material que possa conduzir não só uma boa jogabilidade, mas trazer ao jogador sensações que vão além das conquistas na tela é uma arte pra lá dos méritos.

E então não podíamos deixar de colocar as mãos na coletânea remasterizada de DreadOut, jogo de horror sobrenatural criado pela desenvolvedora indonésia Digital Happiness. Lançado originalmente há 11 anos e somente disponível para PC, DreadOut fez bastante sucesso, em meio a um período onde excelentes jogos da mesma características eram lançados parecendo uma linha de produção.

A coletânea lançada dias atrás contém o primeiro jogo da série, DreadOut, e o stand alone DreadOut: Keepers of the Dark, que funciona basicamente como uma expansão do primeiro jogo, situando-se cronologicamente na metade da saga original com a mesma protagonista, atuando como uma espécie de capítulo extra da história principal da primeira aventura sombria.

A história baseia-se na jovem Linda, que durante uma excursão escolar vê seu grupo separado no caminho, próximo a uma estrada interditada. Em meio ao atraso, decidem explorar um lugar misterioso, até que a noite chega. E aí começam as “coisas”, quando Linda se depara somente com seu smartfone ao acordar, em meio a um labirinto inicial, onde atividades sobrenaturais assustam a garota.

Mesmo com um roteiro que promete muito, o jogo deslisa justamente na história e contexto. Talvez porque a boa parte dos espíritos e entidades fazem parte do folclore indonésio, permitindo que não façamos uma leitura muito clara entre as atividades.

Com referência a jogos como Fatal Frame, além de alguns puzzles interessantes, DreadOut não é um jogo longo, sendo dividido em apenas 3 atos. Mesmo assim, a sequência dá um certo cansaço, esgotando as suas ideias muito rapidamente. Uma grande pena, pois a premissa é interessante e, para nós, ocorreu uma certa frustração entre o desejo de avançar, mas com travas das quais “forçamos” ir até o fim. E, conforme apontamos no início do texto, a arte de fazer terror nos videogames é ativamos o modo medo, muito além das mecânicas e gráficos. Neste caso, as mecânicas fazem você ter mais medo do que as entidades propriamente ditas.

Vale a pena? De cara, não. Mas, se você é daqueles entusiastas em jogabilidade ultrapassada e material com boas referências a uma ambientação obscura, recomendamos a oportunidade.