Mesmo com aquele “ar” cansativo e teimoso entre estúdios que decidem manter a criação de novos jogos com naves e guerras espaciais, podemos dizer que, em alguns casos, as coisas funcionam. E muito bem.
Este é o caso de Rogue Flight, a mais nova aventura espacial da Truant Pixel, que conduz a uma homenagem perfeita aos clássicos do tema, mesclando mecânicas retrô com recursos modernos. E o resultado é uma experiência visualmente arrebatadora, com explosões, cores vibrantes e uma trilha sonora que explode nos ouvidos.
Com enredo batido, porém interessante, a história fica por conta de uma devastação após ataque do sistema de vigilância ARGUS, que dizimou a Terra em apenas três dias. Com os últimos sobreviventes da humanidade escondidos nas profundezas do planeta, a decisão é construir uma nave denominada Arrow.
O jogo claramente é inspirado nos clássicos dos fliperamas dos anos 80 e 90, mas com um toque de modernidade. O título se destaca pelo seu bullet-hell acessível, onde o jogador mantém o controle do campo de batalha, mesmo nos níveis mais difíceis. Como nos jogos antigos, cada sessão dura entre 30 minutos e 1 hora, mas com modos alternativos e finais diferentes, o jogo garante horas de diversão e desafios adicionais.
Com uma estética “anime”, o material deslumbra, com destaque para sua intensidade em meio aos tiros e tipos de projéteis, com diferentes efeitos. E, como não podia deixar de ser, sua progressão é recompensada com itens de personalização para a nave, que aprimoram atributos como velocidade de movimento, poder de ataque e resistência do escudo.
Como jogamos ele na plataforma Playstation 5, notamos a imersão e o bom uso do DualSense, juntamente com o feedback tátil e o importante retorno de seu autofalante, criando uma das experiências mais notáveis em jogos do estilo.
Os únicos pontos não compensadores diante a nossa jogatina são a falta de localização em português do Brasil e a repetição na variedade de inimigos e cenários. Mesmo assim, vale conhecer.