GAMES: PODE DAR RUIM – Além de atores de curta e longas-metragens, sindicato dos Estados Unidos autoriza greve na indústria de Games

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Na última segunda-feira, 25/09, o Sindicato de Atores e Artistas de Rádio e TV dos Estados Unidos decidiu aprovar a greve – já estabelecida há meses no cenário fonográfico – também no mercado de games. E não foi por pouco, pois 98,32% dos votos elegeram a paralização.

Com isso, os profissionais ficam autorizados a conversar e, sob insistência de um não acordo, poder livremente entrarem em greve e, consequentemente prejudicarem estúdios como Activision Blizzard, Disney, Electronic Arts (EA), Take Two Interactive, Insomniac Games e Warner Bros. Games.

Antes de desenrolar o assunto, é importante frisar que boa parte dos atores e atrizes de Hollywood entraram em greve há pouco mais de quatro meses, após a interrupção de negociações com estúdios e serviços de streaming. Entre as discussões, eram pautadas a dificuldade de criar contratos que estejam em consonância com o cenário ascendente dos serviços de streaming e com a inteligência artificial, além de reivindicam aumentos de salário em um momento em que empresas de mídia, entretenimento e plataformas de streaming trabalham em prol do aumento de lucratividade e corte de custos.

Um acordo provisório com os estúdios de Hollywood, na do último domingo (24) parece não ter sido suficiente. Mas uma declaração representando os produtores de videogame que negociam o Intetactive Media Agreement (Acordo de Mídia Interativa), deve acalmar os ânimos por ali, quando declarado “negociações de boa fé a um possível e breve acordo em contribuição aos resultados favoráveis”.

Não é de hoje que a indústria observa artistas entrarem em greve. Em 2016, o mercado enfrentou uma parada de quase um ano, até um novo contrato ser ratificado com as grandes publishers norte-americanas.

IA: UM PROBLEMA

Um dos pontos pautados nos últimos dias, diante aquecimento do assunto, uma das principais questões que o SAG-AFTRA (sindicatos) tem levantado são as proteções aos contra a expansão do uso de IA nos games. Ou seja, a criação artística feita por Inteligência Artificial substituindo as gravações de cenas como aquelas que costumamos observar logo após de grandes lançamentos, como The Last of Us, onde atores reais se colocam em atividades replicadas no jogo. E, acreditem, entre outras reivindicações, cobram a presença de médicos no ambiente de trabalho, para pronto atendimento dos atores quando necessário.