Mercado imobiliário é otimista com 2018

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Crescimento dependerá de fatores externos, como as eleições e redução na taxa de juros básica

Este 2017 que está acabando trouxe notícias positivas – ou, ao menos, mais tranquilas – para o mercado imobiliário. Ainda que em um contexto de economia irregular, as vendas ao longo do ano subiram, afastando o pessimismo que cercou 2016. No último levantamento divulgado pelo Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), as vendas de outubro apresentaram números expressivos: cresceram 8,9% quando comparada a setembro; e aumento de 31% em relação ao mesmo mês em 2016.

O setor é primordial na economia brasileira, já que é gerador de empregos. Nesse sentido, com o estoque de unidades produzidas, a tendência é que os preços se estabilizem. Por outro lado, o próximo ano promete fortes emoções: a disputa eleitoral – já em curso, praticamente – pode ser um fator determinante ao mercado. Instável, a política brasileira acaba por respingar neste e em vários outros setores da economia.

Para especialistas, os entraves de reformas promovidas pelo governo também podem interferir no mercado imobiliário. Com isso, o ponto mais enfatizado é que 2018 o mercado imobiliário se estabilize.

Outro fator que contribui para uma retomada é o crescimento da economia brasileira como um todo, que caminha a passos lentos. A retomada de empregos também é determinante para que a população, afetada pela crise, volte a investir em imóveis. A redução na taxa de juros básica é mais um ponto importante para que o mercado ofereça preços mais interessantes e, consequentemente, o comprador terá mais oportunidades e condições de efetuar negócios que são, geralmente, a longo prazo.

Para que o objetivo de crescimento ou estabilidade seja alcançado, é fundamental que as mudanças em curso no país não almejem a elevação da carga tributária, e sim o crescimento econômico do Brasil por meio do aumento da arrecadação.

Por fim, o ano que termina deixará boas recordações ao setor: os lançamentos têm previsão de ficarem entre 5 e 15% maiores em relação a 2016, quando todos os dados forem fechados. O número poderia ser maior se o clima hostil da política não tomasse de assalto a confiança na economia e nos negócios.