Os dados obtidos mostram que a Prefeitura cumpriu metade das metas (61 de 123) ou quase concluiu (78,96% do total) – até agora
::: Bruno Viterbo
O Jornal SP Norte, nos últimos dois anos, publicou diversas reportagens com o balanço do Programa de Metas da gestão de Fernando Haddad. Nesse período, conseguimos identificar quais as principais metas estabelecidas pela prefeitura e, juntamente com os encontros realizados em audiências públicas (Câmara no Seu Bairro, por exemplo), traçar um paralelo entre as metas e as demandas da população – da cidade e da Zona Norte.
Perto do fim do mandato, a Rede Nossa São Paulo fez o balanço das metas até agora – foram três anos e oito meses de governo. A organização realiza o balanço desde 2012, na gestão de Gilberto Kassab. O Programa de Metas tornou-se lei (Lei do Plano de Metas) e determina que todo prefeito eleito ou reeleito se comprometa com essa agenda, que deve ser apresentada em até 90 dias depois da posse.
No novo balanço, o ponto de vista é uma questão crucial. Das 123 propostas, 61 foram cumpridas (destas, 19 superadas). Nessa conta, é possível dizer que a gestão Haddad cumpriu 49,6% dos projetos. No entanto, uma visão menos estática mostra que, totalizando todos os percentuais, atinge-se um número de 78,96%, já que dentro das metas existem projetos regionais e alguns já atendem à população, e outros não. Outras 39 metas estão acima de 50% concluídas. Abaixo da metade, 23 metas – sendo seis com menos de 25%.
Para Maurício Broinzi, Coordenador Executivo da Rede Nossa São Paulo, o plano de metas é um aprendizado, já que é apenas a segunda vez que uma gestão apresenta o programa. Já o Secretário Adjunto da Secretaria do Governo Municipal, Weber Sutti, afirmou que a Prefeitura tem como avançar mais, até o final do governo de Haddad, e que “temos a expectativa de chegar a dezembro com mais metas concluídas”.
Uma consulta no portal disponibilizado para que a população acompanhasse o andamento das obras mostra que saúde e habitação são os temas mais caros à população da Zona Norte. Nos últimos dois anos, essas demandas foram explicitadas nas audiências públicas realizadas pela Prefeitura.
Na Subprefeitura Casa Verde/Cachoeirinha, nenhum dos cinco projetos da meta 17 (construir 243 centros de educação infantil) foi concluído. A urbanização de favelas avançou (meta 36), mas a regularização fundiária (meta 37) sequer há dados disponíveis. Na Freguesia/Brasilândia, dos nove projetos relacionados à educação, quatro foram entregues – os outros estão em obras. O CEU Freguesia tem 50% do projeto concluído. Obra importante, o Hospital da Brasilândia também está com obras na metade.
Em Jaçanã/Tremembé, o CEU está em 35% (meta 16, aplicação da rede). Todos os 16 projetos educacionais de Educação Infantil e escolas estão com obras estão em andamento (27.5%). Unidades Básicas de Atendimento (UBS) e de Pronto Atendimento (UPA), nenhuma foi entregue – as mais avançadas são a nova UBS Jova Rural e a UPA São Luiz Gonzaga (77,5%). Obras de readequação no Hospital São Luiz Gonzaga estão estagnadas.
A construção de um Centro de Referência em Segurança Alimentar não saiu do papel em Santana/Tucuruvi. Na mesma região, a Rede Hora Certa Móvel foi implantada com sucesso na sede da Subprefeitura, enquanto o Hospital Dia ficou para trás (5%). As cheias da Bacia do Córrego Paciência tem 35% do total feito, e a maioria dos programas de controle de alagamentos estão concluídos. No entanto, um dos pontos mais críticos da região ainda enfrenta problemas: o Pronto-socorro de Santana, que sofreu cortes de funcionários e, consequentemente, queda drástica no atendimento que já não era eficiente. No site, o último dado (15%), é de 2 de setembro de 2015.
As obras do CEU Parque Novo Mundo estão em andamento (50%), uma das principais demandas de Vila Maria/Vila Guilherme. De acordo com os dados obtidos, a readequação dos equipamentos do Hospital Dia (Hospital Vereador José Storopolli) foi concluída. Outra demanda antiga da região, o Casarão foi transformado em Casa de Cultura e já atende uma carência da Zona Norte: equipamentos culturais.