Jaçanã: história eternizada na canção e no coração da Zona Norte

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16 de setembro de 2016

::: Gregório Torossian

Fundado em 1870, o bairro do Jaçanã representa parte da cultura e tradição da Zona Norte e celebrou na quarta-feira (14/9), 146 anos de história. A popularidade do distrito entre os brasileiros, nasceu da música “Trem das Onze” de Adoniram Barbosa, correspondente ao Trem da Cantareira que ligava entre 1893 e 1965 o centro da cidade à reserva de água Cantareira, conhecido como trem da Estrada de Ferro Cantareira.

Até 1930, era conhecido como Sítio Guapira ou Uroguapira por conta da descendência indígena que habitava a região. A crença era de que o bairro abrigasse grandes reservas de ouro, mas depois de comprovado o rumor, o nome do distrito foi abreviado apenas para Guapira.

Foi nomeado como Jaçanã, em 1930, em homenagem a uma ave de peito avermelhado bem comum na região, conhecida também como parrídea. Por alguns anos, o bairro ficou popular como boa área de investimento em saúde por situar-se entre montanhas, podendo ser caracterizado como um vale. Portanto, em função do clima limpo e muita vegetação ao redor, diversos hospitais e centros de saúde foram instalados no local.

O bairro também tem importantes avenidas que ligam a região a outras importantes localidades da Zona Norte, como Guapira, Luís Stamatis, Jaçanã e Abílio Pedro Ramos. Por lá, é possível encontrar diversas opções de serviços e lazer, atendendo aos moradores da região e quem visita um dos mais históricos bairros de São Paulo.

Outro lugar importante na história do bairro é o Museu Memória de Jaçanã. Estabelecido em 1983, o museu abriga partes da ferrovia destruída, expõe objetos de moradores e algumas peças de Adoniram. Hoje, o local depende do apoio de pessoas que levem à frente a vontade de manter viva a história da região, e apoio por parte do poder público. Por isso é importante para a sua continuidade a participação do público.

Eternizado para todo o Brasil na canção de Adoniran Barbosa, não vamos perder o trem de uma história que segue viva no coração de cada morador do Jaçanã. Parabéns!