A restrição de circulação das 23h às 5h começa valer a partir desta sexta-feira (26) em todo o estado de São Paulo. A medida permanecerá em vigor até o dia 14 de março.
O governador João Doria (PSDB) determinou uma força-tarefa de fiscalização e diz que a Polícia Militar “poderá determinar a dispersão de aglomerações, sempre que constatar reunião de pessoas capaz de aumentar a disseminação da Covid-19”.
Porém, a gestão Doria não esclareceu o que será feito com o cidadão que desrespeitar as novas medidas. As vigilâncias sanitárias, a Polícia Militar e o Procon devem integrar a força-tarefa.
A medida foi tomada após o estado de São Paulo registrar o maior número de pacientes com Covid-19 internados em UTI desde o início da pandemia. O governo teme que os leitos se esgotem em 22 dias.
Doria disse que a determinação foi orientada por médicos e cientistas que fazem parte do comitê de saúde do governo estadual.
Ele destacou ainda que a medida não é equivalente a um “lockdown”, que efetivamente proíbe a circulação de pessoas.
“O transporte público não será interrompido. Ele será restringido, limitado, mas não será interrompido. Não vamos punir as pessoas que estejam retornando para casa. É um toque de restrição, não é lockdown”, disse o governador.
O general João Camilo Pires de Campos, que comanda a pasta da Segurança Pública de SP, e é responsável pelas polícias do estado, disse que serão feitas blitzes de “orientação”.
“O foco está naquele grupo de pessoas que pode comprometer um grupo muito maior de pessoas que não tem nada a ver com aquela reunião. […] Esperamos que dê resultado especialmente pela conscientização das pessoas, e pelas soluções administrativas, antes das penais”, disse Campos.
Os médicos que participam do comitê de saúde do governo de São Paulo disseram que os comportamentos da população à noite são mais arriscados para a propagação do vírus.