Marcelo Segredo / Consórcio engana consumidores

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Uma das modalidades de crédito mais procuradas atualmente é o consórcio. Isso porque geralmente as financeiras oferecem juros mais baixos para quem adere aos planos. Atualmente, algumas administradoras têm se valido de algumas irregularidades para não contemplar aqueles que buscam obter a carta de crédito de forma mais rápida. E o Grupo Panamericano é uma delas.

Como se sabe, o consórcio funciona a partir de sorteios, onde cada mês um participante do grupo é contemplado com o crédito e recebe o dinheiro para utilizar no propósito específico do contrato – pode ser para compra de um imóvel, de um carro, de uma viagem e entre outros. Para ter mais chances de ser sorteado é facultado às pessoas do grupo darem lances, isto é, colocar mais dinheiro no consórcio para terem mais chances de receber o dinheiro antes do que poderia.

Porém, o que tem acontecido é que algumas administradoras não estão permitindo que participantes do grupo ofertem o lance que bem entenderem para aumentar as chances de ser contemplado.
Com isso, aqueles que desejam adiantar a verba ficam de mão atadas, sem esperança de receber o direito. Isso é ilegal!

Consórcio Panamericano
Reclamações
Esse é o caso do Consumidor André F.. O mesmo possui duas cotas de consórcio de imóvel, e vem tentando á vários meses dar o lance para tirar a carta de crédito. O Panamericano limita esse lance a no máximo em 33%, porém, em todos os meses alguém é contemplado com uma cota de 34%. Como Assim? Como ele pode limitar o lance em 33%, e alguém é contemplado com uma lance superior ao dele todo mês, estranho não? As reclamações acerca do consórcio Panamericano são muitas e pelos mais diversos motivos.

Usando dessa estratégia ilegal, ninguém é contemplado e consequentemente o Panamericano engorda sua conta corrente recebendo a mensalidade dos consorciados e não liberando a carta de crédito para ninguém.

A Associação Brasileira do Consumidor já protocolou notificação judicial contra o grupo Panamericano, pedindo a prestação de contas dos grupos ao qual André F. pertence, bem como registro de todas as assembleias realizadas nos últimos 12 meses.

Todos têm direito de dar o chamado “lance livre”, que é o adiantamento de cotas, no valor que bem entenderem. Porém, se a administradora não permite o valor do lance, o consorciado fica engessado e as chances de obter a carta de crédito são mínimas. Ainda é bastante obscura a razão pela qual o consórcio age dessa maneira, mas a cada dia aumenta o número de pessoas lesadas por essa prática. Qual seria o interesse de segurar o dinheiro dos participantes do grupo? Falta de dinheiro?

De qualquer forma, aquele que for prejudicado por este motivo tem direito de exigir os seus direitos. Existem alternativas e mecanismos extrajudiciais e judiciais para solucionar este problema. O que não pode é a pessoa lesada se calar diante dos desmandos do sistema financeiro.

Procure uma equipe especializada no assunto para ter um parecer preciso sobre o seu caso. Nem sempre o que parece legal segue realmente os ditames da lei.


marcelo-segredoConsultor financeiro, palestrante, ex-presidente da ONG ABC (Associação Brasileira do Consumidor), criador da “Clínica Financeira” e “Casamento & Negócios”, diretor presidente da Marcelo Segredo Assessoria Empresarial
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